Tenho rezado bastante. Como quem procura. Sobretudo o repouso confiante nos braços do Pai. Pedindo a confiança de me deixar ser eu e fazer as coisas à minha maneira. À maneira de ser eu. Por vezes titubeante, noutras confiante, se possível não demasiado confiante porque sempre que me sinto demasiado confiante sai asneira da grossa. Hoje comecei a caminhar zangado e terminei a sorrir. Também porque rezei. Porque me rezei. Lembrei-me da minha dificuldade em perceber, no retiro, o que me pediam quando nos pediam para rezarmos uma determinada situação. Hoje rezei a minha situação. Concreta. O ter acordado zangado comigo, a falta de confiança, a falta do repouso confiante no Pai. Mudei o que metia pelos ouvidos dentro, conversei, tentei resolver o mal resolvido cá por dentro e por fora, e rezei. Permiti-me ver e sentir o que me envolvia nesta manhã gelada de fevereiro à beira mar. Permiti-me ser conduzido, deixar-me levar, confiar que o melhor será sempre o melhor se não me armar em carapau de corrida. Preciso de aprender. A deixar-me levar. A deixar-me conduzir. A confiar-me. A quem me ama. Em quem me ama.
Depois de uma Jornada que, por todos os motivos e mais um, me encheu a medida, estou, finalmente! de férias. Como sempre acontece, ontem fui à missa. Uma igreja pequenina, fora dos grandes centros, predominantemente com avós e alguns netos. No altar, um sacerdote que poderia ser avô, a debitar, solene e profusamente, sobre o que aconteceu na JMJ: a maravilha que é ter tanta juventude reunida, a enorme importância do silêncio - que, segundo ele, os jovens não conseguem fazer (e ele não se calou um segundo!) - a organização da Igreja, capaz de congregar gente de todo o mundo, e sobretudo a centralidade da eucaristia dominical pois sem a paróquia nada se consegue. E termina a homilia assim: vamos rezar pelos nossos jovens, para que eles descubram que é possível a alegria na Igreja. Como se a alegria em que vivi mergulhado na semana passada acontecesse por causa deles e não apesar deles! Confesso que me torci todo com aquela homilia autoreferencial. Como é possível, depois do que vivi, dep
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