Faz-me sempre alguma confusão quando, em alguns foruns, dizem mal das redes sociais. Se o WhatsApp deixasse de funcionar, a minha vida, a nossa vida familiar, seria bem mais difícil.

Chegamos a uma altura da vida em que alguns dos nosso filhos andam espalhados, como bom semeador faz acontecer com a semente. Se estão neste ou noutro país, se estão mais a norte ou a mais a sul, até se ainda estão lá em casa ou não, chega a não ser assim tão importante porque a maioria das vezes o diálogo mútuo, para acontecer com todos ao mesmo tempo, tem mesmo que ser via rede social. Mesmo com os que veremos no final desse dia, ou nessa semana, porque acordamos e saímos a horas desfasadas, os bons dias são dados no espaço da família no WhatsApp. As coisas que vão acontecendo, as notícias que vamos lendo, o que nos causa espanto, riso ou inquietação é aí colocado, às vezes até de forma mais espontânea, e que muitas vezes tem a arte de me comover. Basta que um exame não corra como esperado, ou que se conquiste algo de significativo, e é verdadeiramente comovente ver como eles se apoiam, se entreajudam e se regozijam. Juntos! Claro que não nos é permitido ver, ler e acompanhar tudo, que eles têm o seu grupo à parte, mas o que é de todos é mesmo de todos, acompanhado por todos, sentido por todos, vivido por todos.

Esta é uma nova forma de ser família. Provavelmente - na verdade não tenho disso a certeza absoluta - preferiríamos uma maneira mais tradicional, no mínimo mantendo os nossos pequenos almoços e almoços de domingo, mas sabemos que a vida é outra e as tradições se renovam de acordo com as circunstâncias. Por isso, de há uns tempos para cá temos outra tradição: os bons dias são, invariavelmente, dados no WhatsApp. E aí respondidos. E é muito bom quando vemos as suas respostas: estão bem. Podemos prosseguir o nosso dia :-)

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