Se em todas as Eucaristias se celebra a vida, a do dia 8 de
Dezembro era particularmente rica na sua simbologia: rodeadas pelos soldados da
paz, que tantas vezes dão a sua vida para proteger a vida alheia, as jovens
mães, que carregavam os seus amados filhos como Maria carregou Jesus no seu
ventre, pediam à Mãe do Céu a luz e a sabedoria para a sua maternidade.
Não é difícil perceber a importância da Bênção das Grávidas,
particularmente nos dias de hoje, tão propensos ao individualismo. Até os
argumentos difundidos pelos órgãos de comunicação social para se ter filhos têm
uma raiz individualista defendendo que eles são a garantia do nosso futuro. No
fundo, relegam para segundo plano a conceção de um filho como o maravilhoso resultado
de uma dádiva mútua de amor que tem o Amor de Deus como origem e testemunha.
Esquecemos demasiadas vezes que cada vida gerada é um sinal
de esperança e um testemunho de confiança. Um sinal que, afinal, nós ainda
esperamos em Deus, ainda Lhe confiamos o nosso futuro, ainda acreditamos, no
mais íntimo e profundo do nosso ser, que o Amor suplanta o dinheiro, a lógica e
a tecnologia.
E que cada criança gerada é um motivo para dizermos que o
Senhor faz em nós Maravilhas.
Santo é o Seu nome.
Zé Armando Pinho
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