Por estes dias, sigo o Sínodo com muita atenção. É muita a expectativa, embora não demasiada, porque destas coisas vou percebendo o suficiente que os passos pequenos são importantes mas exasperantes. Sobretudo para a muita malta nova com quem tenho conversado - a começar pelos meus, lá em casa - que aspiram a muito maior firmeza e rapidez. O que é curioso, porque o que sair destes dias - sobretudo o que sair depois da segunda parte do sínodo, que irá ser discernida em outubro do próximo ano - será mais vivido por eles que por mim, que já não estarei a tempo de saborear as mudanças que, espero e desejo, daí virão. E o facto de eu e outros como eu estarmos já numa outra fase da vida não é despiciente em todo este processo de evolução da Igreja. O Concílio Vaticano II terminou por volta do ano em que nasci e, sobretudo depois de ter sido metido na gaveta com João Paulo II, só agora começa a ser intencional e abertamente recuperado. Tivessem as coisas corrido de outra maneira e provavelmente já veria homens e mulheres casados chamados ao sacerdócio. Aquilo que, considerando o processo evolutivo da História da Igreja, levaria talvez duas gerações a ser alterado, levará assim pelo menos mais uma, o que me deixará a assistir de cadeirinha, lá por cima (espero eu!). Mas, como tenho dito aos meus filhos, tem sido bom perceber como aquilo que eu intuía e defendia, praticamente só e reduzido à minha insignificância, hoje seja escrito e dito em voz alta e nos mais diversos lugares eclesiais. Acredito, cada vez mais, que tenho combatido o bom combate, - mais uma vez, insisto, no espaço consciente da minha insignificância - por uma Igreja mais próxima do Evangelho de Jesus.

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