Nesta fase do meu campeonato tenho uma preocupação especial em não ser anti-coisa nenhuma. Já aprendi - quase sempre como se aprende verdadeiramente, à custa de cabeçada na parede - que todas as pessoas têm a sua própria visão da realidade, que decorre de múltiplos fatores internos e externos a si. De uns, poderão ser até diretamente responsáveis, mas de outros não, a não ser na escolha do que cada um considera, ou não, importante assimilar. No entanto, independentemente disso, todos têm direito a ter a sua própria opinião e a manifestá-la, desde que seja coerente com a sua própria mundivisão e, claro, desde que conceda aos outros o mesmo respeito e liberdade pela sua própria opinião e idêntico lugar a que a manifeste.
Soa bonito, não é? É, sim senhor. Eu gosto. Mas há alturas em que é extraordinariamente difícil de concretizar. Nos últimos quinze dias, por exemplo, eu teria que ter uma força sobre-humana para conseguir respeitar o anti dos antis, sejam eles juízes ou velhotas a vociferar idiotices num megafone. Há um mínimo de respeito que coincide com um máximo de tolerância, e quando estes são ultrapassados estamos já, não no campo do direito à liberdade, mas no da exigência do respeito por essa mesma liberdade. Uma liberdade que demorou muito tempo e exigiu muitos sacrifícios para reconquistar. Uma liberdade que importa muito respeitar. E importa ainda mais preservar. 

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