Este é uma daqueles dias em que me sinto verdadeiramente um privilegiado. Não é um sentimento novo, ou raro, em mim, mas sabe-me sempre às mil maravilhas. Acabei de ter uma sessão de catequese com miúdos do 9º ano, na capela a pedido de uma delas, que tinha ficado de organizar esta sessão de catequese. Aproveitou algo que o sacerdote tinha dito na eucaristia de hoje e fez disso a nossa sessão de catequese. À atenção que teve durante a eucaristia juntou a sua forma de ser e levou a questão que a incomodava para o espaço onde merecia ser discutida: na capela, na catequese, com e por todos nós.
Nos primeiros tempos em que peguei neles lembro-me que uma delas disse que eu faço muitas perguntas. Foi um caminho nosso, em conjunto, ao seu ritmo, mas que permitiu que hoje se sintam à vontade para falar de tudo o que à fé diz respeito, sem receio das perguntas nem rendição simples e aparente às respostas que vamos dando uns aos outros. É uma catequese feita de perguntas e respostas, de questionamentos profundos, de procuras e achamentos, de mais partidas que chegadas. Mas é sobretudo um espaço de confiança, de descoberta, numa idade onde tudo é descoberta.
É, verdadeiramente, um privilégio poder testemunhar gente assim, deste calibre.

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