Os processos de canonização mexem sempre comigo. Assim como algumas coisas da Igreja Instituição que, com demasiada frequência, me parecem ser mais contra-testemunho que caminho. Fátima é um bom exemplo dessa contradição que sinto. Gosto muito de estar em Fátima, no recinto, na capelinha das aparições, mas tenho quase sempre que fazer um esforço mental para me desligar das aparições. Não preciso nada que Nossa Senhora tenha aparecido a uns pastores para viver a minha fé em Fátima, que é muito mais experiência de comunhão com a Igreja no mundo que circunscrição a uma determinado acontecimento. Que ainda por cima é, para mim, altamente duvidoso.  A somar a isto, em Maio estarei lá com muita gente boa para acolher o Papa. Iremos provavelmente cantar e dançar muito e rir muito e rezar muito também. E acolher o Papa Francisco que, apesar de estar longe de ser o meu Papa preferido - continua a ser Bento XVI - acredito que é o Papa que a Igreja precisa neste momento.
Eu acredito mesmo na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, como rezo no credo. Acredito mesmo que o Espírito Santo habita na Igreja por intermédio de todos nós. Acredito mesmo numa Igreja que é composta de pessoas e muitas maneiras de sentir, viver e celebrar a fé e onde todos temos lugar. Acredito mesmo que existem milagres. No pequeno, No dificilmente percetível. No dificilmente visível. Como Jesus fez. Faz-me imensa confusão, por isso, sempre que a Igreja aposta no Grandioso. é demasiado contra-natura. É muito humano e pouco divino.

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