20140625


Hoje faço 48 anos. Dia de balanço, por muito que resista a fazê-lo, por muito que queira que este dia seja um dia como os outros. Não é, Graças a Deus. E aos amigos. A minha caixa do Facebook fica cheia neste dia, os abraços e os beijos são mais que os corriqueiros, e os sorrisos também. Como sempre, fico sem jeito, por momentos gostava de passar despercebido, mas não posso fazer de conta que não gosto. Gosto, claro que sim. Porque são genuínos.

Há bastantes anos, este não era nunca um bom dia. Esperava sempre os parabéns daqueles que me eram, na altura, os mais importantes, e eles nunca chegavam. Ou chegavam demasiado tarde! Há coisas que nunca mudam, e essa é uma delas. Foi sendo, por isso, um dia de expectativas invariavelmente frustradas, de desejos nunca alcançados e de desilusões permanentes. Como sempre, fechava-me em copas, refugiava-me em mim e nunca protestava, nem quando ouvia dizer que eu não me importava porque não ligava nada a isso. Há coisas que importam sempre, qualquer que seja a idade.

Com tempo, com muito tempo e muita paciência, a minha mais que tudo e os meus filhos foram refazendo a minha forma de sentir este dia.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Bambora

  Não é estranho que nos digam que «ser homem é muitas vezes uma experiência de frustração». Mas não é essa toda a verdade. Apesar de todos ...