Ontem à noite, enquanto íamos para casa, dizia que atravesso um período de verdadeira felicidade profissional. Corro como o caraças, os meus dias são demasiado curtos, mas tenho chegado à cama sempre com a sensação que foi um dia bom. Uma das minhas filhas disse que era espantoso que eu, depois do que estudei , trabalhei e sofri noutras áreas, me encontrasse finalmente a fazer o que eu faço.. e que adoro fazer!

Apesar de gostar muito de conversar com os meus filhos, de estar sempre atento aos acontecimentos das suas vidas - sobretudo à forma como vão lidando e superando os acontecimentos menos bons - apesar de eles me lançarem aqueles olhares que apenas os filhos lançam aos pais quando sabem que vem aí conselho moral, apesar de não conseguir - nem querer - evitar esse momentos de cima para baixo, sei bem que nada fala mais alto que o exemplo. O facto de os meus filhos terem sentido na pele, da forma mais dura, os efeitos do meu insucesso profissional e pessoal, o facto de eles terem escolhido estar sempre do meu lado, o facto de eles poderem ver, agora, como as coisas também podem resultar, o facto de eles terem experienciado já como podemos ser felizes correndo muito e trabalhando muito e estudando muito e dando muito, tudo isso tem sido uma verdadeira escola de vida para todos nós. Sabemos todos agora que sucesso e insucesso podem ser apenas meras palavras, se tivermos junto de nós aqueles que mais nos amam. Sabemos todos agora que, na vida, há altos e baixos, e que não podemos embandeirar em arco quando as coisas correm bem nem ficar nas covas quando correm mal. Sabemos agora que apenas viver no amor - ainda que não se fale nesses termos porque essa expressão é demasiado fatela - nos dá garantias de ter sucesso na vida.


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