Aconteceu-me já muitas vezes. A última foi na semana passada, numa das nossas reuniões da Pastoral Familiar, lá na Paróquia. Disse algo como isto "sou muito menos teórica que o Zé". Sei bem de onde vem esse epíteto, que, não pretendendo ser insultuoso, também não tem qualquer pretensão a ser o seu contrário. Porque gosto de coisas de que mais ninguém gosta, como gosto de ir ao fundo das questões e de encontrar respostas para as minhas imensas perguntas e entendi que a melhor forma de o ir conseguindo é estudando e lendo - ainda que essa seja a forma de me levantar novas questões - porque a partir de determinada altura da minha vida percebi que só poderia descansar a cabeça na almofada se seguisse esse, que é o meu caminho, sou frequentemente visto como um ser lunático, um sonhador, um idealista que não se rege pelas leis da física. 

E às vezes sou.

No entanto, por muito que estude estas coisas da fé, por muito que as tente entender, por muito que procure razões de acreditar, nunca esqueço que é na simplicidade que O encontro. Muitas vezes ando entretido com os meus botões, fechado no meu raciocínio, e um qualquer sorriso de uma qualquer pessoa, um qualquer gesto de um qualquer perfeito desconhecido, desbloqueia-me os sentidos e volto a despertar para o que verdadeiramente interessa: a vida vivida. Sem tretas.

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