Gosto dos Jogos Olímpicos. Desde miúdo que me fascinava a capacidade destes super homens e mulheres capazes de desafiar os limites com uma facilidade que me espantava sempre. Nem que eu vivesse cinco vidas conseguiria metade do que eles conseguem. Este ano tenho estado atento não tanto às suas batalhas físicas, mas às outras. Para além das alegrias, existem as dores. Para lá dos ganhos, as tremendas perdas. Por trás dos sorrisos, lágrimas e superações e renúncias para mim inimagináveis. Por isso, tenho um tremendo respeito por todos os atletas, quer tenham medalhas ou não, quer tenham chegado aos Jogos ou não. Refastelado no meu sofá, que mais posso fazer a não ser agradecer por nos representarem? Mas não é só a eles: são inúmeras as associações, os clubes de bairro que, graças à carolice de muitos, proporcionam as condições mínimas para que se possa competir. Eu também andei com os meus filhos pelo futebol, andebol e equitação e também eu gastei fins de semana e combustível para levar uns e outros às competições. E sempre fui grato aos dirigentes que se dedicavam de alma e corações à organização dos desportos dos meus filhos. Infelizmente, não é graças ao desporto escolar que eles chegam aos patamares competitivos, até porque imensas escolas carecem de equipamentos. E enquanto isso não acontecer verdadeiramente, enquanto o desporto não for assumido pelas políticas de ensino como uma disciplina fundamental para a saúde e educação dos nossos filhos - e netos - é mesmo de super homens e super mulheres que se trata.
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