Sim, eu sei.

 

Estamos todos à distância de um click ou de uma mensagem 

mas não é a mesma coisa.

Encontramo-nos e rezamos juntos, numa estranha eucaristia, no aconchego do lar de cada um,

mas não é a mesma coisa. 

Despedimo-nos, à distância, uns dos outros, desejando-nos o melhor, com os sorrisos possíveis

mas não é a mesma coisa.

Cearemos todos, hoje,  mais ou menos ao mesmo tempo, nas nossas mesas,

mas não é a mesma coisa.

 

Faltou, este ano, mais uma vez, o estarmos efetivamente juntos na eucaristia, 

o sabor do bacalhau com broa da nossa ceia

os risos e as gargalhadas de quem se vê todos os dias em “farda de trabalho”

as brincadeiras do SPEC

as canções dos novos

o abraço apertado, caloroso, antes de rumarmos às nossas casas.

 

Seria tão bom que tivesse acontecido!

 

Seria... não foi. 

Pela segunda vez... não foi. 

Quando todos contávamos já que fosse... não foi.

Quando todos desejávamos já que fosse... não foi.

 

E ser Rosário, é também isto. 

 

É também a saudade que nos habita por não podermos ser o que, tão naturalmente, somos. 

É também sentirmos não ser a mesma coisa estarmos juntos e não podermos estar juntos; 

é também estarmos fartos de nos vermos por detrás de écrans; 

é também estarmos cansados de não nos vermos por detrás da máscara. 

 

E é também acreditar que a nossa fragilidade dará lugar a retomada energia

E é também confiar em quem nos lidera, 

em quem trabalha ao nosso lado, 

em quem se cruza connosco nos corredores.

 

E é também saber, 

sentindo, 

sorrindo, de olhos fechados, 

que Ele, o Menino Deus, 

está no meio do Nós.  

 

Feliz Natal, Gente Boa

 

É um privilégio fazer Natal convosco.

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