Questiono-me muitas vezes acerca do motivo desta insatisfação que é minha íntima companheira de caminho. Eu sou genuinamente feliz, nesta fase da vida sinto-me inteiro, mas dificilmente me sinto completo por muito tempo. Como se intuísse que há, algures, uma qualquer peça do puzzle que falta. É mera intuição, longe de qualquer certeza e, sobretudo, não me impede nada de ser feliz, Impede-me isso sim, de me acomodar ao quem sou.

Estou a ler Tomas Halik, um dos meus teólogos favoritos de sempre (provavelmente porque aborda muitas vezes e atribui sentido à luz e sombra que nos habita) e ele escrevia isto:

O poema sobre a criação (Génesis) mostra que o ser humano contém em si tanto o nada como a plenitude: é pó da terra e imagem de Deus. O homem é uma união paradoxal da finitude do seu destino e do seu desejo insaciável de eternidade e plenitude.

 

... e eu pensei: como não hei de ser um insaciável buscador?

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