eutanásia

Sou católico. Convicto e apaixonado. Leio, estudo, confronto a doutrina da Igreja com a minha vida e tenho em consideração os seus ensinamentos, as suas indicações, os seus conselhos, porque acredito que a Igreja é a comunidade dos que acreditam num Deus vivo, cuidador e apaixonado pela humanidade. Que nos ama, que me ama, e quer o meu bem e a minha felicidade. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, de peito aberto e cabeça erguida. 

Acredito em Jesus. Na Sua humanidade. Na Sua divindade. Acredito que É, verdadeiramente, Filho de Deus e modelo de vida. Não há bem que não tenha passado por Ele. Não há pecado que não tenha sido recusado por Ele. Não há pecador que não seja acolhido por Ele. É Jesus, não a Igreja mas na Igreja, por quem tento medir os meus atos, os meus comportamentos, as minhas ações. Sabendo que nesta luta desigual entre mim e Deus saio sempre a ganhar, porque acolhido totalmente, amorosamente, por Ele.

Acredito na liberdade. Pessoal. Humana. Na fé porque Deus assim o quis, na vida porque só assim podemos Ser. Acredito na responsabilidade individual, solitária, que me encontra e me confronta no silêncio, no recolhimento, na noite que me revela. Acredito que só sendo profundamente livre poderei ser eu quem se sentará diante de Deus para ser terna e eternamente acolhido exatamente como sou. Sem subterfúgios, sem fingimentos, sem desculpas esfarrapadas. Eu, em total liberdade, inteiro diante daquele que me quis pleno de liberdade.

Não posso aceitar a eutanásia. Uma derrota pessoal e civilizacional.

Não posso recusar a liberdade. Uma vitória pessoal e civilizacional.

É em nome dessa liberdade que nos permite a Vida que, se e quando a isso for chamado, lutarei com todas as forças para evitar que alguém cometa eutanásia. É em nome dessa liberdade que nos permite a Vida que, se e quando a isso for chamado, respeitarei, no seu e no meu limite, a sua liberdade. 

E rezo para que encontre, finalmente, Amor, junto de Deus.

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