Tenho lido poesia. A que consigo. Como consigo, que é mal. Roubando o que à poesia não se pode roubar: o tempo. Na verdade, não sou ainda um leitor de poesia, mas um consumidor de poesia. Ainda pego num poema sem nele me deter o suficiente para que ele ecoe em mim. Como a música. Acumulo, não oiço. Guardo para um dia, sabendo que esse dia dificilmente chegará. Só se eu mudar muito. Só se eu for já outro. Só se eu der já tempo ao tempo e parte desse tempo à poesia. E à música. Será outro tempo. Será outro eu. Mas sendo o tempo outro tempo e sendo eu outro eu, eu continuarei sem saber ler poesia.
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Bambora
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