Hoje, enquanto caminhávamos numa das mais belas manhãs deste dia (um dia cheio pode ter muitas manhãs) dei comigo a pensar e a partilhar esta sensação que tenho nos últimos tempos que tudo na minha vida confluiu para que tudo seja exatamente como é. É uma lapalissada, certamente, mas eu esqueço-me desta verdade demasiadas vezes. Quando restropetivo tendo a desvalorizar alguns acontecimentos - normalmente os dolorosos ou, pior que isso, os vergonhosos - como se a minha vida pudesse ser o que é em cada momento sem a aprendizagem que a dor e a vergonha me ensinam.
Hoje de manhã - ultimamente, na verdade -sentia-me completo, inteiro, entrado nos eixos, dando a cada coisa o seu devido valor, dando a cada momento o seu tempo, dando à vida o seu espaço próprio, natural, permitindo-me usufruir por inteiro de cada pedacinho seu. Como se estivesse a sugar a vida até ao tutano, utilizando uma das minhas referências cinematográficas.
Talvez envelhecer seja isto. Espero que envelhecer seja isto. Sentir-me sereno. Ajustado. Inteiro. Se assim for, nada há a temer.

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