20121107
Pela minha net quotidiana abundam os velhos e novos amigos. Aproveito para os revisitar, ainda que apenas deste lado do ecrã. À falta de melhor - e o melhor seria estarmos novamente juntos, olhos nos olhos - fico feliz por saber que vão estando bem, que vão trilhando os seus próprios caminhos, com maiores ou menores dificuldades, como é natural. Volta e meia lá vem algo mais pessoal, mais dirigido a mim, e eu fico feliz, claro! Apesar de saber que o meu papel é semelhante ao dos andaimes, sabe-me muito bem saborear uns miminhos.
Ainda há pouco tempo conversava acerca desta "distância", controlada e voluntária, que me esforço por manter particularmente para com aqueles que, sendo importantes para mim, devem ganhar autonomia. E isto tanto é válido para os meus filhos como para os meus amigos mais novos, como até para os meus pais. Creio que sempre tive a consciência que facilmente crio dependências mútuas. Quando gosto de alguém tendo a permitir que ocupemos demasiado tempo um no outro, não me sai da cabeça, e qualquer coisa é um bom pretexto para pensar como reagiríamos a um acontecimento, como discutiríamos um assunto, como resolveríamos um qualquer problema. Durante demasiado tempo como que alimentei esta dependência mútua, até que me apercebi, a (muito) custo, que não era bom para ninguém. E aprendi então a desligar, a dar asas, a acompanhar à distância, a ficar atento aos pequenos sinais que me vão permitindo saber se as coisas estão a caminhar.
Mesmo contra a minha vontade.
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