Sinto muitas vezes que o meu caminho é mais feito de dessincronias que de encontros. Apesar de serem imensos os encontros. Talvez seja como se procurasse sempre e raramente encontrasse, pelo menos de forma definitiva, ou que então o definitivo acabasse inevitavelmente por se transformar em efémero, permanecendo no entanto a vastidão da memória.

Há momentos, mais que fases, momentos, em que a sintonia me invade a alma. Como se estivesse tudo no seu lugar, como se o universo conspirasse para que as coisas, todas as coisas, ocupassem o lugar que lhes estava destinado dentro de mim. As dores são lidas como aprendizagens, as saudades como boas memórias, os medos como desafios, os trabalhos como projetos de felicidade. Tudo flui, tudo conflui assente na argamassa do amor profundo.

Nestas alturas apetece-me gravar a tranquilidade, a pacificação, a serenidade, a sabedoria do viver para que a possa usar quando lhe sentir a falta. Alimento em mim, permanentemente, a ilusão que agora é que é, que o equilíbrio que me habita veio de Toyota, para ficar. Talvez permaneça. Talvez não. Para já, permanece o agradecimento a Deus, à Vida, e aos que me habitam, esta íntima serenidade que julgava arredada de mim.

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