Ficaram espantados quando lhes disse que gosto mais de mim em Taizé. "Não devia ser assim:" Não, não devia. Na verdade, num mundo ideal teria sempre tempo para começar o dia a meditar as leituras, teria sempre formação bíblica, teria sempre alguém muito interessante com quem aprender, teria sempre imenso tempo para me poder reencontrar, para passear, para apreciar devidamente a beleza da natureza e a vida que Deus coloca à minha disposição todos os dias.
Creio que gosto mais de mim em Taizé porque estou mais sintonizado. Em Taizé tudo me encaminha para a vivência natural, simples, enraizada da fé porque tudo gravita à volta do encontro profundo. Não é que as minhas atitudes se alterem radicalmente, que os meus pensamentos sejam mais santos, que eu seja uma pessoa diferente. É mais porque tenho a consciência da pessoa que sou, da Palavra com que me meço e, reconhecendo-me com maior evidência, reconheço mais facilmente o amor que o Pai me tem. E recordo como é viver no amor e na simplicidade.
Refiro muitas vezes que desde pequenito armazeno livros para ler quando for reformado. Começo agora a reservar vidas para quando for reformado. Vidas simples e serenas, imerso numa natureza que e vai parecendo cada vez mais bela, alicerçado num sereno e permanecente amor que me é cada vez mais precioso.
E a verdade é que isso de reveste a ânsia de futuro de tremendo otimismo.
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