Neste tempo de imensas novidades, ontem mais uma novidade. Familiar. Comunitária. Assistimos à eucaristia da nossa paróquia pelo youtube. Gostaria de dizer que, como de costume, tínhamos participado na eucaristia, mas na verdade não foi isso que senti. Apesar de estarmos em família, na sala, ao mesmo tempo. Faltou no entanto, imensa coisa. Diria até que faltou tudo o que normalmente fazemos ao domingo de manhã. Faltou o levantar cedo e ir buscar as rocas ao padeiro; faltou o sempre longo pequeno almoço dominical, que apesar de durar mais de uma hora acaba sempre em correria porque temos horas para a catequese e para o ensaio; faltou o cheiro, o som, o contacto com as pessoas dos domingos de sempre; faltou o ensaio, a vivência da eucaristia, os cânticos de cada momento, as orações uníssonas e as orações silenciosas; faltou o regresso a casa... manteve-se apenas a sempre extraordinária homilia do nosso pároco, mas desta vez com uma distância que me impedia o olhar e o contaminar da alma. Desta vez, terminou a eucaristia e encerrei o computador. Está muito longe de, sequer, me permitir imaginar que é a mesma coisa.
Muito dificilmente chamaria eucaristia a algo onde falta tudo. Creio que nestas alturas a palavra comunhão adquire uma outra importância, um outro sabor. Que, confesso que esqueço muitas vezes, é fundamental na minha vida.
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