20160407


Há já algum tempo que aqui não vinha. Até poderia argumentar que tinha sido por falta de tempo. É daquelas coisas que fica sempre bem na superficialidade, mas simplesmente não era verdade. Nunca o foi, aliás, que eu sempre encontrei o tempo necessário para o que me é fundamental. E essa é a melhor razão, a mais plausível, pelo menos: não me era fundamental vir aqui. Andei muito por outros lados, fundamentalmente a cuidar. Dos meus. Muito mais que de mim, andei a cuidar dos meus.

Não costumo ser um cuidador. Pelo menos, não por muito tempo. Até posso ser atento, até posso ser preocupado, até consigo encaminhar para algum tipo de solução, mas essa solução, normalmente, implica que eu sai do processo de cuidar. Vou acompanhando, com maior ou menor distância, mas, normalmente, não sou eu quem cuida.

Fui-o desta vez. Sou-o desta vez.

Não é melhor nem pior, é diferente. Ter que ficar permanentemente atento, ter que me desinstalar, ter que ser proativo e sorrir sempre e ser caminho sempre e cuidar sempre, é diferente. Exige uma maior presença física, uma maior e mais pormenorizada atenção, uma descentralização do que costuma ser, do que tenho por hábito ser, até da forma como que habituei a ser e a ser visto.

Em tudo isto, a doce companhia da serenidade. Particularmente depois do reencontro. Do meu lugar, do meu papel, das minhas próprias expectativas devidamente ajustadas à minha realidade, pés devidamente colocados sobre o chão que piso.

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Sentar e conversar. Nem sempre resulta. Aliás, é um processo, um caminho com várias etapas, sendo que apenas resulta no final. Mas até chega...