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Ontem à noite, depois de mais uma derrota do meu FCP, coloquei uma brincadeira no Facebook. E obtive logo uma resposta de um bom amigo, a levar demasiado a sério a minha brincadeira. Respondi-lhe que era apenas uma brincadeira e que não levo o futebol demasiado a sério. Hoje vinha a conduzir e a pensar nisso. Em como, para mim, há coisas que não são mesmo para levar a sério.
Os meus filhos tiveram todos atividades extra escola. Ligados ao desporto ou à música. Eu sempre as vi como excelentes oportunidades para aprenderem a desenrascarem-se sozinhos. As matérias do ensino eram para serem levadas a sério e eu e a Isabel encarregavamo-nos disso; as matérias extra-curriculares dependiam deles. Eles é que falavam com os professores e treinadores, eles é que tinham que conjugar horários, fazer sacos, planear treinos e estudos. Eu limitava-me a levá-los, esperá-los, apreciá-los e trazê-los. Jamais falei com um treinador ou professor de música - a não ser quando eles me solicitavam. Estas eram alturas para conversar com os meus filhos acerca de coisas como o compromisso, a gestão do tempo, o saber estar em equipa... e oportunidades para eles assumirem a responsabilidade de falar com treinadores e professores e darem a cara quando decidiam interromper ou terminar essas atividades: eram eles que lhes tinham que dizer. Mas foram sempre vistas como algo que não era essencial, que estava concentrado nos estudos.
Ontem fiquei chateado com a derrota. Fico sempre. Mas passa rápido. Passada a emoção do momento, o futebol reencontra o seu lugar na minha vida: é bom mas não é para ser levado a sério. Como muitas coisas na minha vida!

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