Gosto menso da ideia da serenidade. Gosto imenso do silêncio, da quietude, do abandono à aparentemente coisa nenhuma que a maior parte das vezes se transforma no mergulho na imensidão. Gosto do escuro, do recolhimento, do olhar para dentro e aí permanecer. Gosto do tempo, do dar tempo, do ter tempo, para poder acampar dentro de mim e deixar fluir e fruir, serenamente, do que me habita.
O problema é que raramente consigo essa serenidade. Nos dias bons até posso procurar um lugar calmo e propício, até me posso isolar, até posso encontrar o silêncio exterior que me proporcionaria esse encontro profundo comigo mesmo. O problema é que nem sempre a cabeça se cala. Mal me acomodo, mal me aconchego, lá começa a sua berraria com a imensidão do que tenho para fazer, do que tenho para resolver do que ainda não fiz…
Hoje é um dia desses. Complicados. E preciso de serenar. Muito.
Sem comentários:
Enviar um comentário