Ainda me espanto! Perante o desafio de pensar num adulto que tenha sido significativo na minha infância e adolescência - no sentido de me ter feito sentir amado, desejado, acarinhado - o que senti foi uma inesperada mas profunda solidão. E dor. Há perguntas que ainda não suporto. Há questões que ainda prefiro deixar arrumadas, bem ou mal arrumadas, para que não tenha de mexer nelas. Porque nada de bom daí virá se o fizer. Não tenho nada a ideia que se deve falar de tudo, pôr tudo a descoberto, para se resolver. Há coisas que não têm resolução possível. E há coisas cujo custo de resolução seria demasiado alto para muita gente, e eu não tenho o direito de, para ficar bem, pôr outras pessoas mal. É tão simples como isso. É até lógico. Ficaria eu bem sabendo que, para aliviar a minha pressão estaria apenas a enviá-la para outros? Claro que não. Então... Mais vale ficar quietinho no meu canto. Normalmente lido bem com estas dores: remeto-as para os confins e não penso nelas. Algures no tempo - nem que seja quando morrer - elas serão resolvidas. Ou não. É lidar.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0751 Viver o despojamento que Jesus viveu é viver de acordo com uma convicção profunda acima de tudo. A convicção profunda de Jesus era a...
-
Somos bons a colocar etiquetas, a catalogar pessoas, a encaixá-las em classes e subclasses organizando-as segundo aspetos que não têm em c...
-
"Guarda: «Temos menos sacerdotes e, por isso, precisamos de valorizar, cada vez mais, os diferentes ministérios e serviços laicais nas ...
-
Sou contra o aborto. Ponto. Sou-o desde sempre. A base da minha posição é simples: acredito que a vida começa com a conceção. Logo, não é lí...
Sem comentários:
Enviar um comentário