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Sou contra o aborto. Ponto. Sou-o desde sempre. A base da minha posição é simples: acredito que a vida começa com a conceção. Logo, não é lícito matar seja quem for para que a minha vida possa ser, eventualmente, melhor. Já tive horas de discussões acesas olhos nos olhos e online a propósito deste tema. Já não tenho. Porque este tema não é passível de discussão. Assim, quando alguém quer conversar comigo acerca disto, eu pergunto: quando acreditas que começa a vida? Porque este é, ainda, um ponto passível de discussão. Não conheço prova científica do início da vida, conheço aquilo em que acredito: que Deus tem um nome e um sonho para cada um de nós. Mas isso é aquilo em que eu acredito, também por causa da fé. E ninguém é forçado a acreditar naquilo em que acredito. Por isso, não há discussão neste ponto. Há crenças. E as crenças podem ser conversadas, partilhadas, não devem ser dirimidas. Aquilo em que acredito pode e deve ser partilhado com outros. Mas assim como não permito a ninguém que me impeça de acreditar, não me passa pela cabeça fazê-lo a quem acredita em algo diferente.

Agora vamos à segunda parte: sou contra a penalização contra o aborto. Aos motivos acima apresentados, adiciono outro: acredito que, para muitas mães, é uma dor imensa verem-se na inevitabilidade do aborto. Acredito que isso seja assim mesmo para aquelas que aparentemente se referem à IVG com laivos de leviandade. Muitas vezes defendemo-nos da dor encobrindo-a de nós próprios, subterrando-a sob os mais variadíssimos argumentos. E a última coisa que quero - e a que tenho direito - é de acusar uma mulher que, muitas vezes em circunstâncias que estou longe de imaginar, se vê perante uma inevitabilidade da escolha da dor que menos dói.

Posto isto, é para mim muito claro que o aborto não pode ser um direito fundamental. Não se pode considerar a morte de alguém um direito fundamental. Ponto

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