Tentar descobrir Jesus nos outros, a cada momento, é um exercício que tem tanto de belo como de difícil. É certo que logo que consciencializo a intenção de o fazer já percorri mais de meio caminho: altera-se a atenção, o cuidado, e o propósito fica mais perto do alcance. Mas continua longe de me ser natural. E fácil. Uma parte importante dos meus dias e do meu trabalho é servir as pessoas. Servir mesmo, porque nenhuma delas paga e a nenhuma delas é mais pedido que a presença e, uma vez presente, que saiba estar. Volta e meia, quando corre bem lá vem uma palavra de gratidão ou reconhecimento, o que, não sendo o nosso propósito, serve também de alento. Mas na outra meia volta lidamos também com pessoas que , sendo-lhes dado tudo, acham-se ainda no direito de cobrar, de exigir, de se queixarem. E é com estas e nestas que é mais difícil descortinar Jesus, que se deve entreter a brincar às escondidinhas algures dentro delas. A estas apetece logo responder curto e grosso - uma linguagem que é a sua e que entendem muito bem - mas contenho-me, procuro-O, e tento, ainda assim, enveredar pela docilidade e atenção. Não é fácil, nunca é, mas ainda assim parece-me ser o caminho a seguir. Ou a tentar, pelo menos.
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