Penso em demasia. Sempre. Desde sempre. Tempos houve em que isso era uma bênção. Noutros, uma maldição. Agora, como outras realidades em mim, tento aceitar tal como são para as poder trabalhar. Vem isto a propósito da oração da manhã de hoje, que a dado momento pergunta se obedeço à minha consciência, não a traindo para agradar aos amigos. Comecei logo a divagar: o que forma a minha consciência? É algo que vem comigo, que nasce de dentro, ou que vem de fora, do que vejo e escuto? E o que vem de dentro é sempre mais importante que o que vem de fora? E sou melhor quando escuto o que vem de fora ou o que vem de dentro? A qual das duas vozes - entre tantas outra que me habitam - devo obedecer? Sendo assim, não é demasiado simplista dizer-me que devo obedecer à minha consciência?
Admiro muito os corações simples, os que pouco questionam, os que são suficientemente seguros de si para não sentirem esta necessidade de se questionarem. Muitas vezes quis eu próprio ser assim, com as certezas das coisas simples, com a sabedoria das pessoas simples. Mas esse não sou eu. E é comigo que tenho que me entender. E um bom princípio base para o fazer, todos os dias, é, perante a dúvida, ter a presença de espírito para me perguntar o que faria Jesus. Talvez dessa forma, descortinando a sua consciência, consiga estar mais perto da minha consciência. Mais perto da perfeição estarei com toda a certeza.
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