Aprendo muitíssimo com a interioridade. Não é apenas em termos de reflexão, ou serenidade momentânea enquanto a pratico, mas na vida, nas escolhas que vou fazendo ou na forma como vou escolhendo. Talvez a coisa mais importante que aprendi foi a chamar a mim o que me rodeia. Antes de a conhecer e de a praticar, tinha a ideia que precisava de tirar o mundo de mim para que me pudesse encontrar. Cedo aprendi, no entanto, que o primeiro passo para um bom recolhimento é fazer o movimento oposto, é chamar a mim o que me rodeia para que me possa habitar. Um movimento simples, que acontece logo no início, é justamente escutar atentamente e assimilar, incorporar, o que se escuta. Apenas assim, tornando-o meu, o som que escuto pode ser reorganizado. Este gesto, este movimento, não me afasta do mundo mas coloca o mundo em mim.
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