Não é sempre, mas há dias em que a Palavra, que todas as manhãs escutamos durante a viagem para o trabalho, vem mesmo ao encontro do que precisava. Hoje veio. Graças a Deus! Porque eu estava mesmo a precisar dela.
Ainda esta semana disse na catequese, a uma das miúdas mais à procura que conheço - e que está na fase do "não" a tudo, que a Bíblia iria ser o livro mais importante da vida dela. Olhou para mim com aquele ar de incredulidade que a caracteriza, como se eu tivesse dito a maior barbaridade que jamais tinha ouvido. Mas a verdade é que eu, conhecendo-a como a conheço, acredito mesmo nisso.
Sobretudo para quem se questiona, sobretudo para quem não se conforma, sobretudo para quem anda sempre à procura de ser mais, a Palavra é absolutamente fundamental. Aí encontramos tudo: todas as dores, todos os desesperos, todas as escuridões. E aí encontramos todas as curas, todas as esperanças, toda a luz. A Palavra é resposta confiada de muita vida vivida e, apesar da ilusão tecnológica onde vivemos, nada há de essencial de nós e da vida que não esteja aí presente, seja na forma de história, na forma de conselho, na forma de meta.
Por isso, hoje, veio ao meu encontro. Porque a sensação que me acompanha é a da incerteza de buscar a ovelha perdida. O medo que me acompanha é o de perder o rebanho justamente por causa dessa ovelha. A tranquilidade que me deu a Palavra, hoje, foi a de saber que é justamente isso que me é pedido.
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