"Deixa que o toque do amor de Deus transforme o teu emprego em missão. A que lugar, a que realidades, está Deus a chamar-te?"
Quem faz o que eu faço com quem eu faço para quem o fazemos só o pode fazer com espírito de missão. Claro que tudo pode ser feito com funcionarismo - desligado de quem somos - mas quando isso acontece - e acontece algumas vezes - algo se perde pelo caminho. E não é pouco!
A verdade é que servir não me é natural. Normalmente não acordo e me pergunto, alegremente, "ora, quem é que vou servir hoje?". Enquanto preparo mentalmente o meu dia penso na quantidade das tarefas que tenho para cumprir, nas pessoas que estão sob minha responsabilidade, na maneira de organizar o meu dia por forma a levar a bom termo tudo aquilo que me é pedido. Pelo menos comigo, o instinto primeiro é o do funcionalismo, o da operacionalização.
Mas rezo. Todas as manhãs, rezo. Todos os dias, rezo. A cada momento, rezo. E rezar sintoniza-me, coloca-me numa outra dimensão, liga-me interiormente, não tanto às tarefas que tenho que cumprir, mas sobretudo àqueles com quem e para quem as devo cumprir. Quando rezo, tomo consciência que sou chamado a servir, humanizando as tarefas que me competem desempenhar, claro, mas colocando as pessoas no centro da minha preocupação, debruçando nelas o meu olhar e orientando para elas a minha acção. Até porque, no final do dia, quando o revisito e lhe aplico o crivo apertado do meu julgamento de mim próprio, é justamente isso que encontro de relevante: quem consegui - ou não - fazer "mais", hoje?
A verdade é que eu seria muito diferente se não rezasse!
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