Recebi a notícia com o mesmo arrepio com que a reencaminhei para os meus filhos: ao que parece, houve abusos em Taizé por parte de um dos irmãos.
Lá em casa todos estamos de alguma forma ligados a Taizé. Seja porque já fomos, seja porque outros foram, seja até como Igreja idealizada, Taizé é como um reduto. Já quase todos fomos felizes lá - falta apenas o mais novo - e todos queremos regressar. Sabia, por isso, que iria ser uma pedrada. Mas não podia deixar de enviar.
Esta semana, na catequese, não falamos de Taizé - que ainda não lhes diz muito - mas de santidade. Do que é ser santo e, sobretudo, se eles querem ser santos. Como já há alguns anos tínhamos falado de santidade, desta vez sabiam o que responder: santidade é querer viver com Deus como pano de fundo. Não é conseguir, não é ser perfeito, não é ser impoluto, é antes saber que temos um Pai pronto a acolher-nos de braços abertos apesar do nosso pecado. Assim saibamos ser suficiente genuínos no arrependimento e no desejo de voltar.
Quando li a notícia, foi nos irmãos de Taizé que pensei primeiro. Como deve ter sido um rude golpe! Como devem ter tremido na decisão do anúncio! Como devem ter desejado não divulgar, adiar, esperar por certezas, proteger a comunidade! E como devem confiar nos braços do Pai por decidirem viver na verdade! Por muito menos já aconteceu imensa coisa a imensas pessoas e organizações.
Mais uma lição de vida!
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