Tenho aprendido que quando se educa nada se consegue se não for trabalhado por dentro. É também por isso que adoro Jesus. E é por isso que recorro a Jesus quando tenho a serenidade e a sabedoria de conseguir preparar um confronto. O meu instinto mais primário, mais antigo, mais consolidado, é o do bairro: assumir a contenda, de peito feito, como se habitasse constantemente uma arena. Olhos nos olhos, corpo no corpo, braço no braço. sai melhor quem melhor aguenta as pancadas do adversário. Isso é o que sou, se me deixar ir. Mas há o que eu quero ser, o que sou chamado a ser: fazer com que os outros sejam. E para isso, a pedagogia de Jesus é imbatível: acolher a primeira pancada, transformá-la, responder com o que há de verdade positiva no contendor, transformá-lo desarmando a sua ira, retribuindo fazendo sentir que essa ira não tem lugar entre nós.
É quando consigo isto que me consigo sentir mais cristão, melhor seguidor de Jesus. Não é porque me sinta intrinsecamente bom - nunca sinto - não é quando O estudo, não e quando ando à procura das respostas. É aqui. Quando me contrario, quando tomo conta dos meus instintos, quando consigo ter a ilusão que, por escassos momentos, consigo fazer o que imagino que Ele faria. Que é, invariavelmente, fazer-me pequeno.
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